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Circula Catolé no Holofote

O In Bust está circulando com o espetáculo Catolé e Caraminguás, que foi montado ano passado com o prêmio Claudio Barradas, da SECULT-PA, com um workshop sobre o processo de montagem do espetáculo, além de exibições do Catalendas (programa infantil de televisão que o In Bust realizou com a TV Cultura do Pará por 10 anos).
Essa circulação, Projeto Circula Catolé, está a estrada com recursos do Prêmio Miryan Muniz, da FUNARTE/MinC.
Em brevíssimo, mais informações e imagens do percurso. Por enquanto pode-se acompanhar pelo Holofote Virtual, da Luciana Medeiros. Vai lá: http://holofotevirtual.blogspot.com/2010/05/jogos-teatrais-do-teatro-com-bonecos.html
 

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In Bust volta à Cena em 2010

Tem In Bust Teatro Com Bonecos no final de semana, em Belém, com os seus Clássicos.
Sábado, dia 27 de fevereiro, será o reinício do Sábado Sim, com apresentação do Fio de Pão – A Lenda da Cobra Norato. O Sábado Sim é aquele projeto de apresentações do repertório do grupo no Casarão do Boneco que arrecada brinquedos como ingresso. Será sempre as 19h e sempre no último sábado de cada mês.
Domingo, 28, será apresentado o Curupira, no teatro Maria Sylvia Nunes (Estação das Docas), as 17:30, com entrada franca. É só chegar. Nesse dia iremos filmar o espetáulo para preparar material para ser enviado para Festivais. 

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Oficina Maria de Bonecões continuação e encerramento

A oficina Maria de Bonecões encerrou com o resultado apresentado no cortejo de abertura da mostra de arte Aldeia SESC Círio, no dia 19 de outubro, as 18:40, mais ou menos, no meio da rua, na frente do Instituto de Artes do Pará.

Os bonecos foram parte do cortejo, que seguiu pela rua do IAP até a Av Generalíssimo Deodoro, dobrou na Av Gentil Bittencourt, subiu a Rua 14 de Março, entrou na rua do IAP novamente e na frente aconteceu a apresentação. O Cortejo foi totalmente animado pelo grupo do Boi Faceiro, de São Caetano de Odivelas, e acompanhado pelos integrantes da Companhia de Arte Entreatos, alguns dos Palhaços Trovadores e quem mais quis acompanhar.

A Luciana Medeiros (a 5ª inbusteira), que faz a assessoria de imprensa do In Bust, acompanhou parte do processo final da oficina, do ensaio geral e do cortejo.

 

Tem mais fotos no album. Dá uma olhada.

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Oficina Maria de Bonecões

No Casarão do
Boneco está acontecendo a oficina Maria de Bonecões. Um projeto do grupo In
Bust, tirado da gaveta para ser realizado numa parceria com o SESC Pará
(Unidade Doca), cuja proposta é passar, de maneira rápida e simples, por etapas
de uma pequena montagem de teatro, com bonecos, para encenação na rua.

Partiu-se de
um trecho do apocalipse de São João, que fala do encontro no céu entre a Maria
de Nazaré, grávida, em vias de parir, com a Serpente de sete cabeças, como
enredo básico para uma encenação simples. A proposta é utilizar bonecos para
serem vistos no alto, manipulados de baixo por varas compridas, e o espetáculo
acontecer próximo ao público, se possível em um cortejo.

A oficina iniciou
no dia 06 de outubro de 2009 e está em fase de conclusão de confecção de
adereços e bonecos, sendo ministrada pelo Aníbal Pacha, com 14 participantes
convidados: Ane Caroline, Gilberto Andrade, Eliton Melo, Sônia Lopes, Vitor
Loureiro, Marcus Vinícios de Lima, Tiago Rocha, Ézia Neves, Beto Bastos,
Luciano Lira, Michel Amorim, Cleice Maciel, Mariléa Aguiar e Rodrigo Braga. A
próxima fase será de encenação, ministrada por Adriana Cruz, com os mesmos
participantes da fase anterior, visando uma primeira apresentação que ocorrerá
no dia 19 de outubro de 2009, na abertura da Aldeia SESC Círio 2009, no IAP.

Vejam as
fotos no album.

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As Caixas

            Foram seis caixas confeccionadas em M.D.F., em dois modelos com dimensões diferentes. Duas maiores (55cm de largura, 57cm profundidade e 40cm de altura) e quatro menores (33cm de largura, 57cm profundidade e 40cm de altura). Os tamanhos foram definidos a partir de experimentações em uma mesa de madeira, partindo-se do story-board (dos três roteiros do In Bust), do tipo de manipulação que se pretendia utilizar e de alguns objetos que já haviam sido confeccionados. As maiores foram utilizadas nos trabalhos de sombra. As caixas foram construídas sob encomenda, em uma loja de material para artesanato.

            À frente, uma tampa, também em MDF, com uma abertura circular (13cm de diâmetro), padrão para todas, bem no centro, calculado a partir de baixo. Um pequeno cilindro de papelão, revestido de E.V.A. preto, com o mesmo diâmetro da abertura, colado às margens desta, representando a lente da caixa fotográfica, situa o local por onde o espectador assistirá a cena.

            Ao fundo, por onde o manipulador vê a cena, um tecido preto com trama aberta (como uma tela), preso à caixa com velcro, fecha a caixa. Um outro tecido, mais tramado, também preto, preso a parte superior da tela, cobre o manipulador e, ao mesmo tempo, bloqueia a entrada da luz externa por trás.

            Nas laterais, próximos à posição do manipulador e abaixo do meio, aberturas circulares (15cm de diâmetro), uma de cada lado, por onde a manipulação irá ocorrer. As mangas tiradas dos paletós do figurino, e presas às margens destas aberturas, servem como tubos flexíveis para a entrada das mãos dos manipuladores e como bloqueadores para a entrada da luz externa pelas laterais.

            Todas as caixas foram pintadas com as técnicas de pátina e craquelê, e envelhecidas com betume de modo a parecerem antigas. Todas têm tripés, bancos para os manipuladores e um pequeno patamar para as crianças subirem para assistir. Tudo confeccionado em madeira branca, leve. Cada conjunto desses foi pintado em uma única cor, de acordo com a caixa correspondente. Cada caixa possui um quadro, pendurado em uma das laterais, contendo as fotos dos manipuladores e a ficha técnica correspondentes àquele espetáculo, numa referência às fotografias que os fotógrafos grudavam em suas caixas.

  

Necessidades Técnicas

             Devido os espaços previstos escolhidos para as apresentações do projeto, optamos por não depender da rede elétrica para suprir com as necessidades técnicas das caixas. Assim, toda a iluminação e sonorização necessárias aos espetáculos foram alimentadas por pilhas ou baterias.

            Para a iluminação, lâmpadas de lanterna (entre 2,5 V a 6 V), Leds, lâmpadas halógenas de (6 V), pilhas AA e bateria recarregável (6 V), pequenos interruptores de abajur. Para a sonorização, cd player, alimentados por pilhas AA, com caixas sem alimentação própria (dependem da força do cd player).

 

O Figurino

            O figurino buscou fazer lembrar os fotógrafos lambe-lambe que por aqui trabalhavam e ao mesmo tempo padronizar o grupo.

            Uma camisa de mangas ¾, verde oliva, com imagem do projeto e logomarcas relacionadas estampadas em serigrafia, calças compridas pretas e sapatos pretos. Um paletó sem manga, em cor neutra, vestido por cima da camisa oliva. Cada manipulador com uma cor diferente de paletó. Alguns optaram por utilizar chapéu. Sem o paletó e o chapéu o grupo estava uniformizado.

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Os Roteiros Desenvolvidos

       

          “O Pulo do Gato”, de Paulo Ricardo Nascimento, mostra o gato “Sombra” caçando um pássaro no terraço de um edifício, no centro da cidade. Na caçada ele cai e o pássaro o resgata da queda fatal. O manipulador, muito preocupado, convida o espectador a ver o momento em que o seu gato desapareceu, foi a ultima vez que o “Sombra” foi visto. Dentro da caixa a seqüência de cenas é executada com sombra projetada, desde o vôo do pássaro, a caçada, a queda do gato até o momento do resgate. Porem, ninguém vê para onde o pássaro leva o gato.

            No “O Pássaro e a Flor”, de Adriana Cruz, um passarinho é balado e morre. Onde ele cai morto, nasce uma flor. Do ponto de vista do público, o espectador é induzido a achar que está empunhando uma baladeira (estilingue) e no momento em que o passarinho está distraidamente se alimentando no galho de uma árvore, o acerta. A flor que nasce no local da queda do passarinho é oferecida ao espectador após ser questionado sobre a continuidade da vida. Tudo em objetos tridimensionais e manipulação direta, com exceção do pássaro que tem uma vara para ser manipulado.

            Em “Bonito, não?!”, de Anibal Pacha, com manipulação por vara, num cenário monocromático em tons de madeira queimada, um madeireiro, em meio a uma paisagem de floresta recém queimada, serra a ultima árvore viva. A arvore cai em cima dele. Uma placa aparece: Bonito, não?! Inicialmente a cena é iluminada por um fósforo aceso, o que dá a encenação, além da fumaça, o cheiro de queimado, provocando o incômodo real de um ambiente de queimada.

 

            “Tempohorário”, de Karla Pessoa e Ézia Neves, literalmente questiona o espectador se tem tempo para olhar dentro da caixa. Mas a intenção é questionar sobre o seu tempo cotidiano, e paralelamente o tempo urbano, veloz, que não permite a observação dos acontecimentos do entorno. O cenário reproduz o centro de uma grande cidade, com muitos prédios modernos e tecnológicos. Todo confeccionado em placas de alumínio. No primeiro plano, uma ampulheta suspensa, concretiza o tempo passando.

            No “Florestrada”, de Keila Sodrak e Kauê Almeida, o espectador é atraído por uma borboleta (manipulada por vara), que entra pelo visor da caixa. Lá dentro, tudo com manipulação direta e confeccionado com papel, uma floresta que vai gradativamente sumindo e dando lugar a uma estrada. Por fim, uma flor nasce no meio do asfalto.

            Em “Arte Barata”, de Edson Fernando e Jhonny Russel (o Jhonny posteriormente precisou abandonar o processo por motivos pessoais), com contribuição da iluminadora Sônia Lopes, mostra de maneira satírica quanto prejudicial, na opinião dos criadores do roteiro, é o “lixo” cultural produzido pela indústria do entretenimento. Nessa encenação, realizada em sombra, uma barata, depois de levar uma chinelada e uma baforada de inseticida, que não causam nenhum dano a ela, morre ao ouvir a música “Dança do Creu”. No fim entra uma placa: Creu mata tudo! É a única encenação que exigiu a utilização de sonoplastia mecânica, com uma trilha gravada.

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Processo e Laboratório

Sobre o Processo

 

            Abriu-se inscrição para que um grupo de pessoas pudesse participar do processo de criação e das apresentações. Poder-se-ia montar 6 caixas, sendo 3 dos atores-manipuladores do In Bust e 3 para o grupo de pessoas que se inscrevessem. Cada caixa extra seria trabalhada por uma dupla, então 6 “estagiários-colaboradores” participariam.

            Alguns critérios foram levantados para as inscrições. Um pequeno cartaz foi produzido e fixado em lugares estratégicos como universidades, fundações e institutos de arte e cultura da cidade.

            No paralelo à divulgação, o grupo In Bust seguiu na pesquisa que alimentaria o processo de criação, lendo textos, buscando referências, vendo imagens, discutindo tudo e experimentando a partir da caixa que já havia construído anteriormente. Assim, quando o grupo de “estagiários-colaboradores” chegasse, já haveria uma quantidade de material bastante razoável, com algumas diretrizes definidas.

            Para o grupo que chegaria, foi definido que todo o processo de criação e experimentações aconteceria no Casarão do Boneco e cada dupla teria um orientador do In Bust. Ao final do processo de criação-Laboratório, cada dupla faria 4 apresentações das 10 previstas no projeto, assim todas as apresentações durante a semana estariam com 4 caixas e as apresentações aos domingos com 6. Também ficou definido que ao final das apresentações as duplas, se estivessem afinadas e com projetos de continuidade, ficariam com as caixas.

           

 

Sobre o Laboratório

 

            De uma montagem passou-se a um laboratório de criação, envolvendo as experiências e referências além do núcleo In Bust. Mesmo com algumas diretrizes definidas, com uma “fala” grupal determinada, o processo esteve aberto às inquietações, questionamentos e contribuições de cada uma das pessoas envolvidas.

            Dos seis inscritos, Ézia Neves, professora de Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), Edson Fernando, ex-professor e ex-aluno da mesma escola e professor da rede pública Estadual, os outros quatro todos ex-alunos da ETDUFPA, Kauê Almeida, Ator, Keila Sodrak, Diretora e Atriz, Karla Pessoa, Atriz e professora da rede pública Estadual e Jonny Russel, ator e diretor de teatro.

 

 

            O trabalho começou na data prevista com a participação do núcleo In Bust (Adriana Cruz, Aníbal Pacha, Cristina Costa e Paulo Ricardo Nascimento) e o acompanhamento de Wlad Lima – Professora Mestra da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, então concluinte de doutorado – que, já atuando na pesquisa de pós-doutoramento, investiga o trabalho do In Bust.

            O trabalho básico inicial foi de definição de diretrizes para que as experimentações não se perdessem em tempo e energia consumidos à toa. Partiu-se das experiências com uma caixa produzida como exercício, onde o Aníbal Pacha havia realizado duas encenações e Adriana Cruz iniciado uma terceira. Foram observados, além dos detalhes técnicos estruturais, os mecanismos de encenação, os tipos de manipulação possíveis para um espaço pequeno, e a possibilidade de se reproduzir, dentro das caixas, as estruturas de uma sala de espetáculo como fosso, urdimento, coxias, etc. Isso devido à necessidade detectada, pela urgência do público alcançado, de ao acabar a apresentação o espetáculo ter que estar pronto pra recomeçar.

            Também se discutiu a importância de tentar manter as características que identificam os trabalhos do In Bust. O ridículo, o lúdico, o bom humor, a necessidade de não se excluir ninguém das platéias, a simplicidade nas encenações, o cuidado com tudo que envolve o momento da apresentação, a presença do ator como personagem, são aspectos que caracterizam e identificam o grupo. Desses, talvez o mais desafiador tenha sido a inserção do ator-manipulador, que ficou na pauta durante todo o processo de criação e, ainda agora, permanece no foco das discussões e descobertas.

            Uma peculiaridade desse processo, novo para o grupo, foi a contribuição determinante do trabalho da produção, que investigou características de cada espaço proposto para as apresentações nos horários pré-estabelecidos no cronograma. O retorno diário dessa investigação trouxe questionamentos e definições relevantes para o processo de criação e para o resultado final das apresentações. Passou-se a chamar este trabalho de Produção Criativa.

            A elaboração dos espetáculos iniciou com propostas de argumentos para as dramaturgias. Cada participante produziu seu argumento e já preparou o roteiro. Em grupo, cada um mostrou o que elaborou. As duplas, que já haviam sido formadas em uma atividade grupal, escolheram um único roteiro.

            Os orientadores para cada dupla, componentes do In Bust, foram definidos a partir das afinidades entre os roteiros. Assim, a Adriana Cruz, que falaria da vida em transformação, a partir de um passarinho balado, ficou com a dupla Keila e Kauê, que falariam de uma flor que nasce no asfalto. O Anibal Pacha, que iria questionar o público sobre o destino do planeta, tratando de derrubadas e queimadas, ficou com a dupla Ézia e Karla, que também questionariam o público sobre o próprio destino, porém tratando do tempo de cada um. E Paulo Ricardo Nascimento, que teria um animal doméstico na sua história, ficou com a dupla Edson e Jhonny, também com um animal doméstico em seu roteiro. Cada dupla iria tentar trabalhar a partir de algumas pré-definições das caixas dos orientadores, principalmente com as características dimensionais.

            Os roteiros definidos pelas duplas foram questionados e discutidos em dois momentos de trabalho entre as duplas e os orientadores, e posteriormente voltaram ao grupo para comentários de todos. Após a conclusão dos roteiros fez-se uma espécie de story-board que nortearia a confecção dos objetos e ajudaria a definir o tipo de manipulação para cada caixa.

 

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Essa história de lambe-lambe

Essa História de Lambe-lambe

 

            O teatro lambe-lambe, é um teatro em miniatura. É a linguagem de formas animadas em um espaço cênico pequeníssimo, confinado em uma caixa. Lá dentro são apresentadas peças teatrais de curtíssima duração, através da manipulação de bonecos, para um espectador de cada vez. A forma da caixa, com o tripé e os panos que cobrem o espectador e o manipulador, é que se assemelha às antigas caixas dos fotógrafos Lambe-Lambe das praças públicas do começo do século XX. É considerado uma modalidade de teatro de bonecos e, nesse formato, que existe desde 1989, foi criado na Bahia por Ismini Lima e Denise Santos, com o espetáculo "A Dança do Parto".

            De lá pra cá, pelo Brasil, muitas histórias já foram produzidas nessas caixas. Em Belém do Pará, dois bonequeiros já haviam trabalhado com miniaturas, nesse formato: Denis Moreira e Jéferson Cecim.

            O Grupo In Bust, depois de muitas experimentações com bonecos grandes, produziu uma caixa-exercício para entender a miniaturização e a síntese nas dramaturgias. Dessa idéia de exercícios, onde cada ator-manipulador do grupo proporia um roteiro a ser trabalhado, surgiu o projeto Natureza no Asfalto.

            Para o grupo, este projeto iniciou na caixa-exercício, teve uma grande ebulição desde o momento da aprovação pelo Edital Myriam Muniz, concentrando-se na produção a partir de dezembro de 2007, momento de planejamento das atividades anuais do In Bust, passando pela presença instigante e gratificante dos colaboradores. Mesmo tendo oficialmente se encerrado, com a apresentação das caixas no dia 27 de abril, agora é que, enquanto espetáculo, está inserido no dia-a-dia do grupo. Ou seja, para o In Bust, essa história está apenas começando.

 

 

O Tema

 

            Natureza no Asfalto, na verdade, além do nome do projeto, é o tema inspirador, propulsor dos roteiros e encenações. De maneira livre, o grupo optou por se imbuir dessa abrangência temática e permitir as interpretações de cada roteirista. Ao final, a diversidade presente no resultado enriqueceu o projeto, tornando-o crítico, poético e bem humorado, permitindo ao espectador momentos de reflexão e diversão.

 

 

Um Paralelo no Tempo

 

            Em Belém, quando o grupo juntou as caixas para as apresentações nas praças, pareceu que havia trazido de volta algo que desaparecera no passado não muito distante, uma espécie de ícone de alguns lugares da cidade, e revelado imagens das memórias dos transeuntes adultos e dos mais velhos.

            O In Bust, repetindo uma imagem na cidade que nunca mais existirá, talvez tenha realizado uma função da fotografia. Como no registro fotográfico, o momento teatral é efêmero e único, também nunca mais se repetirá. Cada cena mostrada, dentro de cada caixa, ficará registrada na memória de cada um que assistiu. Como numa fotografia.

            O nosso lambe-lambe torna possível, de maneira simples e breve, deixar o aqui e o agora e, através de imagens confeccionadas (com papel, lata, madeira, tecido), ir para uma realidade imaginada. Tal como o outro lambe-lambe, de outrora, que levava um breve momento – aquele momento – para o sempre.

            A realidade “confeccionada” dentro da caixa, com objetos representativos e cobertos de significação, joga com o tempo e com a concretude dos fatos, entremeia passado, presente e futuro, imagem e imaginação. Quem entra na caixa pelo olhar, pela “lente”, se deixa, por um ou dois minutos, vagar da dinâmica cotidiana para si mesmo, para a imaginação instigada pelo o que se está vendo, tão real quanto o aqui e o agora, porém, com mais bom humor e poesia.

 

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Hérculas Máscaras da In Bust

 

Por Wlad Lima, as máscaras dos 12 Trabalhos de Hércules

YouTube – Hérculas Máscaras da In Bust
 

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